sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Roupas feitas com camisinhas furadas disseminam prevenção à Aids

O que fazer com as inúmeras camisinhas que, todos os dias, são reprovadas no teste de qualidade das empresas fabricantes de preservativos e, por isso, não podem ser comercializadas? Roupas! A ideia foi da gaúcha Adriana Bertini e não ficou só na imaginação: a brasileira já produziu vestidos, blusas, saias e calças com a matéria-prima um tanto quanto inusitada e expôs as peças em diversos países – entre eles, Suécia, Inglaterra, Holanda, Tailândia, EUA e, claro, Brasil.
As criações andam fazendo sucesso mundo afora, mas antes que você torça o nariz e se pergunte quem seria capaz de usar uma roupa dessas, a gente esclarece: as peças não são projetadas para serem vestidas por nós – embora, para os mais ousados, elas estejam à venda no portal de Bertini, por preços bem salgados –, mas sim para conscientizar para aimportância da prevenção à AIDS.
Com técnicas de tratamento e tingimento das camisinhas, Bertini é capaz de criar roupas coloridas, com textura de tecido e nem um pouco básicas – drapeados e babados são características marcantes das criações da brasileira –, que são apresentadas ao público com o seguinte slogan: “O uso da camisinha deve ser tão básico quanto uma calça jeans e tão necessário quanto um grande amor”.
A ideia da iniciativa surgiu após Bertini trabalhar como voluntária no Gapa – Grupo de Apoio à Prevenção da Aids, de Florianópolis, e se inspirar para levar para o mundo, de forma criativa, a mensagem da importância do uso da camisinha. O objetivo foi alcançado com sucesso e, de quebra, a brasileira conseguiu dar uma nova utilidade aos preservativos que iriam para o lixo.

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